Laura Torquato
Psicóloga

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Laura Torquato

Sou psicóloga clínica e realizo atendimentos individuais, conjugais e familiares há 20 anos.
Meu objetivo é ajudar as pessoas a se conhecerem melhor, identificar as causas de seus problemas e desenvolver estratégias eficazes para enfrentá-los.
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Por Laura Torquato 14 de janeiro de 2022
Navegar é preciso. Viver não é preciso.
Por Laura Torquato 14 de janeiro de 2022
Os pais representam grandes modelos em nossas vidas. Não há processo psicoterapêutico que não envolva discorrer sobre nossas origens. E pais exercem um papel fundamental: são as nossas primeiras e mais profundas experiências de vínculos. Se pensarmos bem, vínculo está diretamente relacionado à sobrevivência. Não sobrevivemos sem alguém que nos forneça cuidados e proteção. E como eu gosto de tocar nesse assunto em terapia... Há um livro que eu adoro e sempre recomendo aos pacientes que se chama “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, de Stephen Covey. Ao final do livro há uma passagem em que o autor discute a importância dos pais dele. Ele menciona que muitas vezes cobrou que seus pais não errassem. Como assim? Todos erramos. Isso é democrático. Todos atravessamos enormes dramas e processos emocionais. Por que será que tendemos a julgar tanto os nossos pais? Importante compreendermos que a despeito dos erros (que foram certamente importantes também), nossos pais nos ofertaram o melhor que puderam. Meu pai atualmente está passando por um processo muito difícil de adoecimento. Desde março desse ano (coincidentemente com o início da pandemia por aqui) ele vem sofrendo com um quadro neurológico complexo. Não há diagnóstico até então. E ele vem perdendo bastante de sua autonomia e de seu controle motor. Hoje ele tem 85 anos de idade. É uma pessoa maravilhosa e tem uma história interessantíssima. Foi padre por um bom período de sua vida e casou aos 40 anos de idade, no meio da década de 70, rompendo com as barreiras da Igreja Católica. Sempre lembro de seus comentários sobre a família ser o maior tesouro que teve. Passar por essa experiência com o meu pai me faz contactar muitas histórias de perdas e adoecimentos que acompanhei com pacientes ao longo de quase vinte anos de consultório. Não é nada fácil. Atravessamos mares de fragilidades, de choros constantes, de muita carga emocional. Mas fato é que não há como não pensarmos nesse continuum de vida. Estar com 85 anos de idade envolve adentrar uma etapa final, em que geralmente muitas limitações tornam-se uma constante. Percebo que nossa cultura não gosta muito de falar sobre o envelhecer e que infelizmente, de uma forma geral, não valorizamos nossos velhos. Esses que fizeram e fazem tanto por todos nós. Quanta doação e quanto amor está envolvido no papel de ser pai e mãe. O processo de gestar uma criança, cuidar desde o nascimento, perpassar todas as fases de desenvolvimento faz com que os pais direcionem muito de sua vida a isso. É um trabalhoso e gratificante projeto de vida. Certa vez li uma frase linda que dizia que a sua maior contribuição ao mundo não é necessariamente o que você faz, mas quem você cria. E esses últimos dias tenho pensado em como sou grata por ter um pai tão bacana em minha vida. Um pai que apesar de trabalhar de manhã, de tarde e de noite durante a minha infância e adolescência, sempre foi um pai extremamente presente, que brincava conosco, ria grande parte do tempo e era um homem de muita fé. Eu sempre tive meu pai como uma grande fortaleza, um grande porto seguro e vê-lo assim tão limitado não abala essas minhas memórias tão ricas de contato, mas só me faz compreender e aceitar a transitoriedade da vida. E eu apenas consigo pensar agora como eu quero estar forte nesse papel de cuidar, fornecer conforto, serenidade e de tentar ter um pouco dessa fortaleza e fé que o caracterizam tanto.  Que tal refletir sobre a importância de seus pais em sua vida?
Por Laura Torquato 14 de janeiro de 2022
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